quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

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Ela demorou um pouco pra compreender a realidade que os fatos esfregaram na sua cara por muito tempo, pode ter sido apenas desatenção, ou tentativas de manter o foco em não se entregar completamente, infelizmente ou felizmente - como você preferir interpretar - ela se acomodou completamente ao que a incomodava antes e passou a aceitar a constante ausência dele e continuou sendo auto-suficiente.
Uma tarde qualquer ela não tinha ninguém com quem conversar, e não sabia por onde começar a estudar e pensou... analisou possibilidades... pensou mais e mais e de repente como epifania tudo ficou límpido: não é físico ou químico, apenas, o que ela sente por ele. É como por vezes foi explicado: surreal, está e é além de tudo, de todas as situações precárias impostas pela distância ou pelos esconderijos.
Pode parecer estranho dizer que ela não se importava com tudo isso, ela não gostava, mas se submeteu - submeter pode parecer forte, mas você já viu coisas piores a que mulheres se submeteram por homens - ela entende que não pode mudar atitudes alheias e aceita isso também!
Em suma, a visão é tentar, sempre, ser bem mais que o que são. E ela tenta entender suas ações que agem como dados viciados: amar, cair, chorar, enxugar o rosto, levantar, "crush on again", amar, cair,...

Carine Dávalos Franco de Araújo