sexta-feira, 24 de abril de 2009

So embarassing, so shame!

E lá estavamos nós de novo, atualizando nossas vidas um para outro, contando histórias, contos, dividindo sorrisos, comentários e lembranças. Depois de algum tempo as palavras cessaram, deram lugar a silêncio e desejos. Tu te aproximaste, beijaste meu pescoço, disseste duas palavras que agora só provam o quanto eu já era tua, não me recordo das mesmas. Colaste teu corpo com o meu, mais cheiros, mais beijos no pescoço, tua mão alcaçou delicadamente minha cintura, virei sem resistência. Um beijo, sem sorrisos, sem conversa, sem olhares trocados, os sentidos em ação[já escrevi tantas vezes sobre o poder que tens sobre mim que fica até chato lembrar-te que me tens sempre], teu toque me fazendo sucumbir, teu gosto tirando de mim os restos de resistência, teu cheiro me inebriando, teus olhos encarando o escuro das pálpebras seladas, teus ouvidos fechados ao externo, éramos finalmente nós de novo, juntos! Velhos hábitos recorrentes, tuas tentativas de te desvencilhar dos meus dentes, teus ombro e costas arranhados, tua boca vermelha, daí instantes, ferida.
"Atitudes, porque palavras o vento leva!"
Tua prova categórica da ineficiência das minhas barreiras contra tuas decisões e atitudes, sou indelevelmente tua, fisicamente, mas toda tua e fim!


Carine Dávalos

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Um tom abaixo do normal!

Então é assim que a gente faz: chega aqui e despeja tudo, né?!
Pois bem...
Eu tenho consciência que eu maximizo demais algumas coisas e não dou importância devida a outras tantas. Nem sei mais se sou só eu que faço isso, né?!
Enfim, me incomoda essa minha necessidade abissal de querer estar sempre na cabeça de alguém [não estou falando só de homens - gente, eu não sou 'bi'], de lutar por idéias absurdas só por teimosia, orgulho, ou pura vontade de enfrentar e passar por cima do orgulho banal do outro. Eu sou insuportável as vezes, só as vezes, com as minha loucuras de enfiar desnecessariamente espanto onde deveria existir só silêncio, e vice versa [essa porra de abolir hífen ainda me quebra as pernas].
"As pessoas mudam, Dávalos!" Os chatos se tornam impressindíveis, os interessantes perdem o gancho, as crianças crescem, os maduros viram idiotas, e você fica bem aí observando! Se meus desejos bobos mudassem, talvez eu cresceria ou simplesmente viraria idiota, mas eles não mudam, mudam de foco, mudam de intensidade, mas eu volto exatamente pro lugar de onde eu desejei, até o esgotamento da minha força, sair.
[Ela se encantou, mas voltou pro lugar que convinha, sem lutas, sem esperneios, com sorrisos e abraços conhecidos, com carinhos escondidos!]
Sendo assim...
As voltas que demos nos fizeram cair no mesmíssimo lugar, tontos da viagem, mas capazes de reconhecer que as coisas ficaram onde as deixamos! E agora?! A gente espera o próximo desejo de mudança e corre da gente mesmo! =/

Carine Dávalos

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Encantamento [gah*]

"But you don't have a clue
You don't know what you do, do me..."
[Paramore]
Essa é a visão de fora, do recomeço, não é apenas terceira pessoa, é "outra" terceira pessoa:
Pela primeira vez os dois estavam ali parados frente a frente...
De início um abraço silencioso, um sorriso amarelo de vergonha e mãos no bolso pra disfarçar a ânsia. Estava meio escuro então não se podia observar as expressões com clareza... ela parecia rubra por algum comentário feito por ele, ele estava tão tímido que olhava pro chão, em alguns momentos os dois riam descomedidamente, mas logo centravam-se novamente no assunto, no próximo debate ou história. Foram pouco mais de duas horas de conversa, algumas olhadas pro relógio, algumas entreolhadas sem palavras, não havia prendimento físico, existia apenas, diálogo! E, sim, era bom, já que não se via sisudez nas feições de ambos. Não sei você que lê, mas eu, que observava atentamente, pude notar encantamento, e o melhor, era mútuo!



Carine Dávalos