sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Sorria, você foi desmascarada! ='[



Enquanto as lágrimas rolavam por seu rosto, seus pensamentos acelerados impediam seu peito de desacelerar, com o corpo inquieto debatia os pés compulsivamente, as unhas foram arrancadas uma a uma por dentes ávidos e cortantes, com as costas das mãos ela tentava em vão enxugar as lágrimas. As músicas a faziam lembrar momentos eternos - como ela preferia descrevê-los -, desejos repentinos, vontades vespertinas e noturnas - as matinais ela pensava ter realizado todas!


"Let's be more than... this" dizia o último verso do refrão que acreditava se encaixar no que pensava. Suas lágrimas e seu peito ardendo a faziam soluçar, ela visualizava categoricamente o fim. Ela o previu centenas de vezes, "When you're gone the collors seem to fade" cantarolava outro refrão enquanto se convencia de que seria melhor assim; a torcida dela para que ele fosse capaz de acabar tudo para que seu orgulho apagasse - o dos dois, pra não culpar um só - as chamas e levasse as cinzas embora fora respondida a altura, pela primeira - e última - vez, ele havia atendido as expectativas dela.


"This brings tear to my eyes..." ela cantou alto. Seus lábios cerraram e em seguida seus olhos acompanharam fechando-se também - empurrando mais lágrimas para fora. Suas sinapses aceleraram e chegaram a memória do primeiro beijo, voaram aos esconderijos que eles ocuparam durante o tempo que estiveram juntos, sorriu da lembrança e fugiu daqueles pensamentos, concentrou-se na raiva que sentia das situações que enfrentara por ele e perdeu o foco quando o sorriso safado que - só - ele conseguia produzir passou como um lapso. "Acostume-se, ACABOU" ela repetia em silêncio, para tentar se convencer. Ela queria gritar para soltar e jogar fora a tristeza. Tentou manter a calma...


"But all the things that you see, slowly fade amay" ela procurava entender o que acontecia com as que ela não via, será que se esvaem mais rápido?!


Desejou o abraço confortante dele, não queria palavras de consolo, ela QUER os olhares que demostram certeza, a certeza que ela deixou escapar por esses dias...


"Though I try to hide it, it's clear, my world crumbles when you are not near [...] Here is my confession: may I be your possession?"


E TU AINDA ÉS INCAPAZ DE CONCEBÊ-LA SOFRENDO! Impotente, exausta e com os olhos vermelhos o corpo acalmou-se, ela escreveu um pouco e adormeceu sobre o travesseiro molhado!


Carine Dávalos Franco de Araújo

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

E Recomeço! \o/

Ela estava ali sentada há horas, encolhida em seu canto há tanto tempo que não sentia mais os dedos dos pés, seu chôro já havia molhado parte de suas vestes. Não fazia mais diferença, o conflito de seus pensamentos deve até tê-la feito desencarnar por alguns instantes:

"Crápula! Fizeste-me crer que era real, fascinaste-me, iludiste-me. But he fall too, for me! Estive cega, até a tua indiferença fui capaz de aceitar, submetida e não amada! I know that him love for me is real! Ainda vais sentir falta de tudo de mim que te dediquei, sai de mim... eu não quero mais sofrer! He doesn't have to say, I know! Não exigi muito de ti, não te prendi ou te escondi, precisavas mesmo de tudo isso?!"

As mãos dele pousaram sobre o cabelo dela em uma carícia terna:

- Não gosto de te ver assim! - ela não se mexeu - Tu estás triste por eu ser orgulhoso?! - ainda sem resposta, ele sentou ao lado dela, a abraçou, pensou um pouco, moveu as mãos até achar as dela - Eu te amo! - ela levantou o rosto e o encarou com o cerne franzido e ele sem se intimidar continuou - E como diz aquela música que tanto gostas: "é pouco, mas é tudo que tenho, é tudo que posso oferecer!"

Ela se mexeu tão rápido que o assustou. Encaixou-se entre os braços dele e o abraçou forte:

- Estás comigo?! - ele ascentiu - Não se preocupe em demonstrar! - Precisa dizer que eles se beijaram depois?! =D

Carine Dávalos Franco de Araújo

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Despedida

Bem, eu não estou abandonando meu blog. Mas paro com ele por um tempo... Esse mês pelo menos! Recolher-me-ei a minha insignificância [baixou Sérgio Helal aqui] e estudarei! =D
Grande parte dos meus milhaaaares -exageraaaada - de leitores sabe do meu romance novelístico com a UnB então não preciso explicar demais, vocês certamente entenderão e se isso aqui for importante pra vocês como é pra mim também entenderão porque gosto tanto de me explicar mesmo não devendo satisfação! Não prometo freqüencia, mas quando escrever algo entre as fórmulas de física e as regras gramaticais eu posto!
o/
=*

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Heitor, pede pra Nhanny te explicar porque o blog não é aberto a comentários e obrigada pela atenção dispensada a ele!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

E FIM!


Ele tomou mais um gole de orgulho tentando se manter firme, era para abstinência, o orgulho se unira a falta que ela fizera até ali e como união de matéria e anti-matéria o buraco negro de sua autosuficiência voltara. E a medida que seu orgulho lavava suas entranhas, a fé que ele depositara em si mesmo rejuvenescia-o! Ela assistia a cena sem tirar os olhos dele, não perderá nenhum detalhe até ali, e por impulso correra até ele, derrubou o frasco do orgulho que ele bebera, na tentativa de destruir o objeto que simbolizava o vício que tanto os afastava. Pisou em um caco do frasco permitindo que seu sangue se misturasse ao orgulho dele, não será possível entender o efeito que ele teve em seu sangue mas ela, que até então o encarava incrédula, começou a dizer:

- Um dia você foi tudo que sonhei!

- Você sonha com o que agora?! - Com os olhos vidrados de um viciado e um sorriso maldoso.

- Eu parei de sonhar, de desejar e nesse momento, parei de amar! - diante da face risonha dele ela continuou - E quando seu orgulho não fizer mais efeito você notará que não sonha mais também!

Ela o encarou, entendera naquele instante que sobrevivera todo esse tempo pra chegar aquele momento epifânico! O amor inaferível a deixou como o sangue que escorria por sua ferida no pé, os sonhos foram abdicados e as idealizações foram esquecidas, não haveria mais carinho nem olhar aconchegante, alguém puxou os aplausos na platéia e a cortina se fechou!

Carine Dávalos

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

De uma Cuuu pra outra... \o/

"A melhor maneira de começar uma amizade é com uma boa gargalhada.
De terminar com ela, também."
- Oscar Wilde

Tentar traduzir amizades é uma coisa impossível.
Se tentássemos, seríamos barrados por nossos sentimentos.
O que falar :
Se quando eu te olho, tu entendes perfeitamente o que eu quero dizer?
Se quando eu digo algo que é comum a ti, tu prontamente completas minha fala?
Se eu digo que gosto de algo e tu sorris, dizendo que gosta do mesmo?
"Dá pra parar de ser igual à mim?"
Se a gente se entende sem muita explicação?
Se tu também és minha melhor esmagada, meu ouvido, minha cúmplice, minha melhor gargalhada, meu eu em ti (sem ser a música de Victor e Léo, tá?! ¬¬) ?!
Se tu és minha Cuuu?!
Eu te amão
*Nossa amizade nunca vai acabar, nem com choros, muito menos gargalhadas.
Ana Maria Pereira
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Ela escreveu isso há quase um mês, e hoje eu postei aqui pra mostrar assim tudo que ela significa pra mim e o quanto ela me faz bem. Passar a tarde inteira rindo contigo me faz um bem danado, [menos quando me mordes]... EU TE AMÃO!!!!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

[...]

Ela demorou um pouco pra compreender a realidade que os fatos esfregaram na sua cara por muito tempo, pode ter sido apenas desatenção, ou tentativas de manter o foco em não se entregar completamente, infelizmente ou felizmente - como você preferir interpretar - ela se acomodou completamente ao que a incomodava antes e passou a aceitar a constante ausência dele e continuou sendo auto-suficiente.
Uma tarde qualquer ela não tinha ninguém com quem conversar, e não sabia por onde começar a estudar e pensou... analisou possibilidades... pensou mais e mais e de repente como epifania tudo ficou límpido: não é físico ou químico, apenas, o que ela sente por ele. É como por vezes foi explicado: surreal, está e é além de tudo, de todas as situações precárias impostas pela distância ou pelos esconderijos.
Pode parecer estranho dizer que ela não se importava com tudo isso, ela não gostava, mas se submeteu - submeter pode parecer forte, mas você já viu coisas piores a que mulheres se submeteram por homens - ela entende que não pode mudar atitudes alheias e aceita isso também!
Em suma, a visão é tentar, sempre, ser bem mais que o que são. E ela tenta entender suas ações que agem como dados viciados: amar, cair, chorar, enxugar o rosto, levantar, "crush on again", amar, cair,...

Carine Dávalos Franco de Araújo