sexta-feira, 24 de abril de 2009

So embarassing, so shame!

E lá estavamos nós de novo, atualizando nossas vidas um para outro, contando histórias, contos, dividindo sorrisos, comentários e lembranças. Depois de algum tempo as palavras cessaram, deram lugar a silêncio e desejos. Tu te aproximaste, beijaste meu pescoço, disseste duas palavras que agora só provam o quanto eu já era tua, não me recordo das mesmas. Colaste teu corpo com o meu, mais cheiros, mais beijos no pescoço, tua mão alcaçou delicadamente minha cintura, virei sem resistência. Um beijo, sem sorrisos, sem conversa, sem olhares trocados, os sentidos em ação[já escrevi tantas vezes sobre o poder que tens sobre mim que fica até chato lembrar-te que me tens sempre], teu toque me fazendo sucumbir, teu gosto tirando de mim os restos de resistência, teu cheiro me inebriando, teus olhos encarando o escuro das pálpebras seladas, teus ouvidos fechados ao externo, éramos finalmente nós de novo, juntos! Velhos hábitos recorrentes, tuas tentativas de te desvencilhar dos meus dentes, teus ombro e costas arranhados, tua boca vermelha, daí instantes, ferida.
"Atitudes, porque palavras o vento leva!"
Tua prova categórica da ineficiência das minhas barreiras contra tuas decisões e atitudes, sou indelevelmente tua, fisicamente, mas toda tua e fim!


Carine Dávalos