sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Why, why, why,... [epifania]

Tinha um bilhão de anos que não sonhava em inglês... mas não é isso que eu vim desabafar.
As vezes, meus sonhos funcionam como epifania, e me dei conta de coisas que eu não assumi por puro orgulho; orgulho esse que sempre machucou quem devia sair ileso de perto de mim.
Mas o seu caso, foi sempre o mais grave, eu tenho ciência que te fiz sofrer mais que qualquer outro, e que meu sofrimento foi só de te ver sofrer e depois de te ver bem sem mim. Faz uma vida já, concordo, mas gosto de pensar que nossas vidas ainda orbitam uma a outra para que não nos esqueçamos da presença infantil desse amor, olha que tola, gosto de pensar que ainda me olhas com ternura.
No meu sonho, tu estavas apenas olhando, como de costume, analisando a minha postura que também como é habitual, estava toda errada! Eu fazendo besteira, rindo das coisas erradas e "gostando" das pessoas passageiras, só tu ficaste lá até o fim. Só tu me abraçaste quando eu quis sumir, só tu me deste a certeza do amor que julgo mais que muito e pra sempre, só tu estavas além dos segundos de prazer ou de realização, só tu foste, no meu sonho pelo menos, o melhor pra mim.
E onde isso se encaixa na minha epifania?! Que eu não devo me acostumar em ser fascinante, que eu não quero ser fascinante além da tua presença. E que tua amizade só está aqui, pra me alertar disso tudo!
Tu analisas minha postura supostamente experiente de hoje, e ainda vê o sorriso da minha adolescência, ainda vai preferir se esconder sob os meus cabelos e sob meu cobertor.
Não é brincadeira, minha autosuficiência se esvai quando penso que ainda posso estar contigo.
"Por que vocês estão abraçados se não vão namorar?!"
"Porque a gente não precisa mais desses rótulos, né Carine?!"
- e nesse sorriso responderás todas as minhas dúvidas da década.

Carine Dávalos