domingo, 11 de janeiro de 2009

O mundo gira meu amor, ah se gira!

São Luís, 11 de janeiro de 2009

***,
São quase 3h da manhã e as últimas notícias a teu respeito me perturbam e impedem de descansar, espero que não impliques com o fato disso que te escrevo começar com o teu apelido, achei mais simpático, não mais íntimo! Não tenho quilômetros de motivos pra te escrever, apenas definir a minha parcela de culpa naquilo que eu chamaria de falso relacionamento. Não sabia, não tive a pretensão de machucar ninguém, é verdade aquilo que ouviste de o envolvimento emocional e físico entre eu e ele - ou teu ele, se preferires assim entender -, mas quero esclarecer que aconteceu depois de uma falsa notícia que ele mesmo fez questão de divulgar: "a gente terminou". Até aquele momento - e bem depois ainda -, não havia sequer encanto.
Sem ouvir os dois lados da história fica difícil emitir opinião, isso serve a mim e a ti, eu por julgar insistente as tuas investidas e a ti por acreditares cegamente nas palavras dele... Acho que nos envolvemos a tal ponto. Um amigo meu certa vez me disse e repetiu algumas outras depois que ele já tinha de mim o que queria - acho que entenderás isso sem detalhes - e eu deveria "largar de mão" esse lance de mendigar atenção, era mais ou menos o que julgava que fazias! Algumas coisas se encaixaram, e minha mãe diz que verdade se encaixa - talvez o fato de amá-lo ao extremo te faça defenestrar isso aqui, mas escrevo assim mesmo, quem sabe entenderás melhor que eu mesma!
Não sei o quanto isso vai nos afetar, mas gostaria que entendesses como compreendi: ele não sabe se livrar de nenhuma relação dele, e é exatamente por isso, ******, que ele te cobra exclusividade, a mesma exclusividade que ele não soube te dar - e nem a mim. Eu fui um escape mal sucedido, acredito piamente que ele realmente tenha se apaixonado. E depois, ele de novo, não conseguiu se livrar de mim. E agora eu estou tentando entender porque fui tão usada, saberias me responder?! Ainda não sei o que seria pior, enfrentar a situação ou simplesmente apaziguar o ânimo e esperar mais uma vez que ele tivesse atitudes, comigo e contigo! Não sei se isso terá em ti o efeito que teve em mim, mas eu ouvi o seguinte: "e ainda escutas as reclamações? as pedâncias dele? Poupe-me das histórias então, poupe-me de te ver sofrendo!"
Gostaria muito de esclarecer algumas coisas contigo, longe dele, claro! Espero que tenhas me entendido, ou pelo menos chegado a essas linhas finais. Desculpe qualquer trantorno emocional que causei a ti...
Atenciosamente,
Carine Dávalos